Graham Robb conta vários fatos pitorescos, ele descreve o modo como cães treinados eram usados para contrabandear sal e outros produtos através da fronteiras e menciona como os barqueiros que transportavam barris de vinho da Borgonha até Paris faziam suas próprias "degustações" durante a viagem que durava vários dias. Apenas a título de curiosidade, traduzi um trecho sobre a alimentação no começo do século XIX:
"Para os turistas que se aventuravam além de Paris, o verdadeiro sabor da França era o de pão amanhecido. O grau de envelhecimento refletia a disponibilidade de combustível. Um manual de arquitetura rural publicado em Toulouse em 1820 declarava que o forno público deveria ser suficientemente grande para permitir que o pão da semana pudesse ser assado em um único período de vinte e quatro horas. Nos Alpes, pão suficiente era feito de uma só vez para durar um ano e às vezes dois ou três anos. Ele era assado, ao menos uma vez, depois pendurado sobre um fogo fumarento ou seco ao sol. Às vezes, o "pão" era apenas um biscoito de farinha de cevada e feijão. Para torná-lo comestível e melhorar a cor, ele era amaciado em coalhada ou soro de leite. Pessoas ricas usavam vinho branco."
Talvez a França no período não seja apresentada de seu melhor ângulo, mas o livro mostra como o país em particular, e a Europa em geral, creio eu, passou por mudanças profundas na virada do século XIX para o XX.
2 comentários:
credo, nem dá pra chamar de pão algo que foi assado há 3 anos :-p!!! eu chamaria de, sei lá, biscoito-jesus-está-chamando hehehehe!
É um bom nome para esse pão! rs
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