sábado, fevereiro 24, 2007

como é bom ter cachorro!

Finalmente, estréio neste blog com minha primeira contribuição!

Livros são entidades graciosas e que têm vontade própria na minha vida.

Às vezes, leio um volume enorme de uma tacada só. Às vezes, engreno rápido, rápido até uma determinada parte, depois o livro repousa sobre minha cabeceira ou, ainda, na estante e depois o termino de outra tacada. Sem explicação aparente. Foi o que aconteceu com Marley & eu.

Ganhei esse livro da minha melhor amiga, a Kan, que também é convidada a colaborar neste bloguinho juntamente com o Ricardo, mas ainda não estrearam seus escritos.

A Kan, como eu, é apaixonada por cães e assim que leu este livro, correu a me presentear com um exemplar. Ela é uma leitora contumaz e somos tão amigas que ela é, para mim, a irmã que nunca tive.

Pois bem, Marley & eu é um best-seller escrito por John Grogan, um jornalista americano e conta a maravilhosa e, ao mesmo tempo, terrível convivência por longos 13 anos entre ele, sua família florescente e Marley, um adorável labrador demoníaco!

Entre muitas peripécias, 'causos' do dia-a-dia e até mesmo feitos heróicos, o tempo vai passando, mudanças vão acontecendo na vida de John, de Jenny (sua esposa), de Marley e do florescimento dessa família comum.

Os donos de cães que, como eu, dariam tudo pelos seus cachorros, se identificarão em muitos momentos da história e com John chorarão e também darão boas gargalhadas. Eu, manteiga derretida que sou, chorei em muitas partes e, uma vez mais, agradeci aos céus pela bênção dos yorks que vieram povoar a minha vida! E, ah, apesar dos três monstros que estão comigo... que saudades senti da minha preciosa Safiri...

E só para dar um gostinho, eis um dos trechos de que mais gostei:

"Pensei muito em como descrevê-lo, e foi isto que resolvi dizer: 'Nunca ninguém disse que ele era um grande cachorro - ou mesmo um bom cachorro. Ele era tão selvagem quanto uma banshee irlandesa e tão forte quanto um touro. Ele atravessava a vida alegremente com um gosto mais freqüentemente associado aos desastres naturais. Ele foi o único cão que conheci que foi expulso da escola de adestramento.' [...] Ele não era só isso, no entanto, e descrevi sua intuição e empatia, sua delicadeza com crianças, seu coração puro.

[...] 'Marley me ensinou a viver cada dia com alegria e exuberância desenfreadas, aproveitar cada momento e seguir o que diz o coração. Ele me ensinou a apreciar coisas simples - um passeio pelo bosque, uma neve recém-caída, uma soneca sob o sol de inverno. E enquanto envelhecia e adoecia, ensinou-me a manter o otimismo diante da adversidade. Principalmente, ele me ensinou sobre a amizade e o altruísmo e, acima de tudo, sobre lealdade incondicional'.

Kan, adorei meu presentinho, você realmente sabe tudo sobre mim! beijinhos, mi.

SERVIÇO
título Marley & eu: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo
autor John Grogan
editora Prestígio Editorial, um selo da Ediouro Publicação
páginas 268 páginas
título original Marley & me: life and love with the world's worst dog
tradução de Thereza Christina Rocque da Motta e Elvira Serapicos
preço médio R$ 29,90
site www.marleyandme.com

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Este post tem a intenção de disseminar o livro 'Marley & eu' de John Grogan. Todos os direitos são reservados aos seus respectivos proprietários.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Haruki Murakami - Dance Dance Dance

"My peak? Would I even have one? I hardly had had anything you could call a life. A few ripples. Some rises and falls. But that's it. Almost nothing. Nothing born of nothing. I'd loved and been loved, but I had nothing to show. It was a singularly plain, featureless landscape. I felt like I was in a video game. A surrogate Pacman, crunching blindly through a labyrinth of dotted lines. The only certainty was my death.
No promises you're gonna be happy, the Sheep Man had said. So you gotta dance. Dance so it all keep spinning."

Um hotel misterioso em Sapporo no qual vive um homem vestido com uma fantasia de carneiro, um ser primordial, mortes banais ou misteriosas, um ator, algumas prostitutas, uma garota de 13 anos e sua família, este é o universo de Dance, Dance, Dance, história narrada por um homem de 34 anos que trabalha como free lancer para jornais, revistas, etc.

Simpatizei com ele, quando ele diz que seu trabalho é "escavar neve cultural", algo sem sentido, sem paixão, achei que aquilo era uma boa descrição para o que tenho feito até agora. Eu não diria neve, mas capim, eu faço montes de capim pesquisando o século XVIII, capim histórico. Algo não menos inútil.