Outro livro do Murakami! Ok, estou virando uma Murakami freak, mas para minha defesa, não achei este livro tão empolgante. São duas histórias paralelas nas quais os personagens não possuem nome. Em Hard-boiled wonderland, seguimos os passos de um homem de 35 anos que trabalha para o Sistema, um tipo de organização governamental que controla a informação, ele é um Calcutec, quer dizer, ele é capaz de processar informações e dividir as funções que deve realizar em seu cérebro, ou seja, ele é um tipo de computador ambulante. Ele é chamado para realizar um trabalho para um velho cientista chamado apenas de "Professor", ele conhece sua neta, que só se veste de pink e, partir desse encontro, ele descobre que sua mente está prestes a ser absorvida por um outro mundo, criado por seu subconsciente. A história deste outro mundo é narrada em The end of the world, ali, o nosso calcutec é um homem que chega em uma cidade cercada por uma muralha e na qual os habitantes devem se desfazer de suas sombras, de suas memórias, nesse lugar, não há violência, nem amor, nem desejos, todos tem uma existência pacífica e funções a desempenhar. O calcutec do mundo real (se é que há algo que possa ser chamado de real nas histórias) recebe a função de Dreamreader na cidade e deve ir para a biblioteca ler sonhos antigos que estão contidos em caveiras de unicórnios todas as noites. A tensão do livro fica por conta do dilema criado pelas duas histórias, pois, para que um dos dois mundos seja preservado, talvez o outro deva deixar de existir...
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5 comentários:
karen, me pareceu tão interessante! pela sua descrição, eu iria ler correndo - rs. é realmente besta??
beijinhos, miki
Não é besta não, o Murakami sempre te deixa na ponta da cadeira, esperando pelo desenrolar da história, mas acho os outros livros melhores... rs
ah, entendi! então, é melhor eu ler esse antes dos outros (rs)!
beijinhos, miki
Fiquei doida pra ler, se gostei do que você descreveu, imagine então os outros livros!
Maria Helena, ainda acho que os livros no estilo da Sputnik são mais "doces", mais bonitos. Mas estou aprendendo a apreciar o lado mais "inventivo" do Murakami.
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