Graças à recomendação feita no post sobre um livro de Scott Fitzgerald, não só descobri que os livros de Ernest Hemingway da biblioteca de casa estavam sendo consumidos pelas traças, mas também li um texto gostoso.
Tinha lido pouca coisa do Hemingway, apenas O Velho e o mar e O jardim do Éden, ambos quando estava no ginásio, há muito tempo atrás.
A moveable Feast (o título parece ter sido traduzido como Paris é uma festa em português) é uma obra póstuma (como O jardim do Éden) e contém as memórias de Hemingway no começo de sua carreira como escritor em Paris. Nelas, ele conta sua vida com Hadley, sua primeira esposa, e seus encontros com figuras famosas no cenário literário da época, entre elas: Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound e Scott Fitzgerald. Um dos primeiros encontros com este último, aliás, por pouco não foi o único, pois quando Fitzgerald bebia, parecia ficar insuportável.
Hemingway fala sobre a sua pobreza naquele período com nostalgia: o quarto alugado em um bairro pobre de Paris não tinha banheiro ou sala de banho e às vezes ele pulava uma refeição para economizar. Mas não era bem a idéia de pobreza que conhecemos, pois os Hemingway não abriam mão de ter uma empregada para cuidar do filho e sempre que economizavam algo, passavam férias em algum lugar na Europa.
Devia ser bom ser um escritor promissor em Paris no começo do século passado, entrar em cafés onde havia sempre um conhecido disposto a pagar um bebida, escutar os garçons perguntarem se o trabalho tinha sido bom naquele dia, observar os pescadores ao longo dos rios, acreditar no próprio talento e, mesmo que ele ainda não fosse reconhecido, sentir que a vida ainda era boa...
Eis o começo de um dos capítulos:
Tinha lido pouca coisa do Hemingway, apenas O Velho e o mar e O jardim do Éden, ambos quando estava no ginásio, há muito tempo atrás.
A moveable Feast (o título parece ter sido traduzido como Paris é uma festa em português) é uma obra póstuma (como O jardim do Éden) e contém as memórias de Hemingway no começo de sua carreira como escritor em Paris. Nelas, ele conta sua vida com Hadley, sua primeira esposa, e seus encontros com figuras famosas no cenário literário da época, entre elas: Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound e Scott Fitzgerald. Um dos primeiros encontros com este último, aliás, por pouco não foi o único, pois quando Fitzgerald bebia, parecia ficar insuportável.
Hemingway fala sobre a sua pobreza naquele período com nostalgia: o quarto alugado em um bairro pobre de Paris não tinha banheiro ou sala de banho e às vezes ele pulava uma refeição para economizar. Mas não era bem a idéia de pobreza que conhecemos, pois os Hemingway não abriam mão de ter uma empregada para cuidar do filho e sempre que economizavam algo, passavam férias em algum lugar na Europa.
Devia ser bom ser um escritor promissor em Paris no começo do século passado, entrar em cafés onde havia sempre um conhecido disposto a pagar um bebida, escutar os garçons perguntarem se o trabalho tinha sido bom naquele dia, observar os pescadores ao longo dos rios, acreditar no próprio talento e, mesmo que ele ainda não fosse reconhecido, sentir que a vida ainda era boa...
Eis o começo de um dos capítulos:
“Quando a primavera chegava, mesmo a falsa primavera, não havia problemas exceto o de onde ser mais feliz. A única coisa que poderia estragar um dia eram as pessoas, e se você pudesse evitar compromissos, cada dia era ilimitado. As pessoas eram sempre as limitadoras da felicidade, com exceção daquelas poucas que eram tão boas quanto a própria primavera.”
4 comentários:
karen, adorei seu post! especialmente a parte "acreditar no próprio talento e, mesmo q ele ainda não fosse reconhecido, sentir q a vida ainda era boa..."
acho q é tudo o q eu gostaria em certos momentos! às vezes, as coisas parecem tão sem perspectivas q não dá vontade de nada, absolutamente nada...
tb adorei "com exceção daquelas poucas q eram tão boas qt a própria primavera". felizmente, ainda hj, há pessoas assim. têm algumas na minha vida e eu me sinto imensamente feliz por isso!
bjs e ótima semana, miki
Miki, eu também me sinto assim. É duro. Às vezes eu me pergunto se tudo não passa de uma questão de sorte mesmo e não uma questão de esforço e vontade ou talento. Aí desanimo...
Mas procuro não me desesperar! Senão, fica ainda mais difícil! rs
Essa frase do Hemingway é mesmo linda..
Beijos e boa semana!
hehehe, eu te entendo, karen!
mas ainda acredito q se persistirmos com afinco uma hora a coisa vai! talvez não sejamos a estrela mais brilhante da constelação, mas acho q, se acreditarmos de verdade e nos esforçarmos nessa direção, conseguiremos alcançar nossos objetivos sim. mas, em primeiro lugar, precisamos acreditar q isso realmente faz sentido em nossa vida!
bjs!
Isso, gambarimashyou, Mikisan!
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